O último ataque do Hezbollah a Israel terminou, mas são prováveis mais ataques no futuro, disse o líder do grupo, Hassan Nasrallah, num discurso televisionado no domingo à noite.
O Hezbollah lançou a sua ofensiva em retaliação pelo assassinato, por Israel, do seu oficial militar superior, Fuad Shukr, no final de Julho.
Nasrallah disse que o grupo militante adiou a sua resposta até domingo para permitir “oportunidades suficientes” para que ocorressem negociações de cessar-fogo em Gaza, para impor mais “tensão psicológica e financeira” a Israel e garantir o sucesso do ataque.
Detalhes do ataque: Nasrallah disse que o plano do Hezbollah era lançar 300 foguetes Katyusha da era soviética para atacar os sistemas de defesa de Israel.
Segundo o líder do Hezbollah, os militantes foram instruídos a visar a infraestrutura militar e evitar os civis. Os dois principais alvos eram a base militar israelense de Killot e o campo de aviação Ein Shemer, disse ele.
Durante uma série de foguetes, o Hezbollah lançou drones contra alvos no centro de Israel, mas Israel disse que suas defesas foram capazes de derrubar os drones no ar.
Nasrallah disse que o Hezbollah avaliaria os resultados do ataque antes de decidir se lançaria novos ataques.
Ataques israelenses no Líbano: O líder do Hezbollah disse que Israel lançou o ataque cerca de 30 minutos antes do início da operação do Hezbollah. Os militares israelenses consideraram o ataque “premeditado” e disseram que destruiu lançadores de foguetes usados para atacar Israel.
O líder do grupo militante elogiou a “paciência e coragem” das pessoas que vivem no sul do Líbano, que tem resistido ao impacto dos ataques de Israel.
Israel diz: O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também indicou que não deveria haver combates no domingo. “Este não é o fim do assunto”, disse ele em uma mensagem de vídeo.
Apesar da retórica dos dois líderes, cada um parece ter recuado, por enquanto, face à beira de uma guerra regional mais ampla.